1 de jan. de 2018

Repente da Amizade

Houve um tempo em que eu era dó
Vagava de casa em casa atrás de uma amizade só

Até que um dia de ano novo, em um abraço bem apertado,
Descobri um amigo em ritmo desajeitado

Depois tive uma amizade despercebida
Havia encontros sem descanso
A gente lia e escrevia poemas para nosso espanto

Ah, também tive amigos passageiros
Ora! O importante eram os momentos vividos por inteiro

Até amigo ciumento tive de aprender a amar
Ele era silêncio nas conversas de bar
Mas quando todos saiam, ele desandava a confabular

Também tive amizade que demorou a começar
Mas quando iniciou desatinou a não terminar

Já tive amiga muito sincera
Mas quando estava comigo, era mais doce que Cinderela
Com ela aprendi a ver o mundo que passava pela janela
Como se desenhássemos uma aquarela

E vi nascer uma amizade cinematográfica
Para discutir sétima arte cena a cena
E a vida se passava como história de cinema

Certa vez vi minhas amigas chorarem na minha partida
Não sabia como era triste a despedida
Com elas descobri que a amizade rompe dias e lugares
Para acalmar tanta saudade

Perdi muita amizade frente à solidão
Por causa de um jeito muito machão
Fugia do feminino como o gato foge da maré
Mas te aviso, seu Moço:
Não perca a amizade de uma mulher!

Hoje conheço bem a solidão
Mas uso como remédio
Cultivar amizades no coração

Até a próxima!

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