Interagir para educar
A interação na aprendizagem é um dos assuntos mais discutidos em educação neste início de século XXI.
O cerne das discussões é como propiciar aprendizagem significativa mediante situações educacionais que envolvam discussão, desenvolvimento da autoria e da autonomia, e resolução de problemas com os educandos; ou seja, criar ambiente didático em que pro e alunos atuem, de forma distintas, como sujeitos ativos dos processos.
Apesar de haver muita teoria já produzida sobre essa concepção de ensino-aprendizagem, ainda persistem nos ambientes educacionais a posição de Arauto do educador: aquele profissional que fala primeiro, sempre afirma e pouco pergunta.
Será que os compêndios teóricos estão com uma linguagem ainda distante da sensibilidade dos professores?
Mediar como princípio
Difícil de responder. Mas existem obras que intentam criar aproximações sucessivas entre o que as ciências discutem sobre o desenvolvimento humano e o que o universo das práticas pedagógicas precisam para responder aos contextos de aprendizagem do homem no século XXI.
E é nesse caminho de proximidades entre ciências e práticas cotidianas que em 2003 foi lançado o livro A mediação como princípio educacional, que discute as ideias de Reuven Feuerstein em relação ao processo de ensino-aprendizagem.
Feuerstein dedicou a vida a trabalhos relacionados ao desenvolvimento humano nos aspectos relacionados à cognição, no que se refere a temas como memória, percepção, linguagem, raciocínio e pensamento.
A partir desse interesse de Reuven, foram desenvolvidos os fundamentos que deram origem a concepções como Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural (MCE), Experiência da aprendizagem Mediada, Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI), Avaliação Dinâmica do Potencial de Aprendizagem (LPAD). O leitor encontrará o detalhamento destas ideias no livro.
Um ponto de destaque da obra é quando os autores articulam o pensamento de Feuerstein, com os estudos de Piaget, Vigótski e Paulo Freire. Neste momento o leitor pode fazer um paralelo entre o que estes autores conceberam no campo do pensamento, da linguagem e da educação e a riqueza da mediação como uma alternativa para promover relações de ensino-aprendizagem mais significativas.
Aprender a Mediar
Este não foi um livro só de leitura, mas servirá como fonte de consulta nos momentos de práticas, de dúvida e de reflexão sobre formas diferenciadas de ensinar a partir do que o educando já sabe, das condições sociais em que ele vive e das estruturas cognitivas do Ser que deseja aprender.
O que eu li? A mediação como princípio educacional - bases teóricas das abordagens de Reuven Feuerstein
De quem é o texto? Ana Maria Martins de Souza, Léa Depresbiteris e Osny Telles Marcondes Machado
Quando o texto foi escrito? 2011
Quem editou o texto? Senac
O que achei do texto? Muito Bom!
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