14 de fev. de 2014

Insônia

As cidades não param
As noites atravessam o tempo
As mentes se agitam no silêncio
As luzes piscam sem parar

Só estas Insônias individuais e coletivas
Ah este eterno não viver o tempo presente
Virar-se na cama
Olhar pela janela
Pensar nas urgências do dia seguinte
Cobrar-se pelo passado mal-feito
Inconformar-se pelos amores desfeitos
A incompreensão dos próprios defeitos

Há sempre uma lâmpada acesa no prédio
O taxista passa apressado, assustado e desconfiado
Quantas vezes se arrepende de ainda está na rua
A prostituta numa permanente espera
Ela está nua!
Exposta ao mundo cada vez mais sortuno
O sem-teto sempre alerta
O drogado numa insônia insana!
E eu procurando motivos para não dormirl


A madrugada eterniza-se
A manhã demora a vir

Bom noite, insônia

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