Avaliar com Feedback
No mundo corporativo é comum o uso da avaliação direta oral para proporcionar a melhoria de desempenho dos profissionais. É a atividade do feedback.
Feedback é um procedimento de atribuir juízo de valor no desempenho de uma pessoa, em um dado momento e lugar, comparando o desempenho esperado do avaliado, com um conjunto de critérios previamente acordado. Sendo o feedback uma atribuição de valor de desempenho de alguém, o avaliador tem a missão de descrever com mais precisão possível tal desempenho, fazendo interligações com os comportamentos esperados do educando para que este possa trabalhar de forma competente em novas situações profissionais.
Feedback e Emoções
No feedback o relacionamento entre avaliador e avaliado não é somente pela via cognitiva, pois existe um conjunto de manifestações emocionais, que irão conduzir, junto com o movimento racional, as interações entre quem educa e quem aprende.
Disto resulta um trabalho permanente do educador de buscar relacionamentos empáticos com as pessoas que estão sendo observadas. Relacionamento empático no sentido de compreender sentimentos, ideias e ações de outra pessoa; uma capacidade de interpretar comportamentos verbais e não verbais de comunicação de outra pessoa, com o intuito de promover aprendizagens diferenciadas para o trabalho.
Atitudes empáticas podem estabelecer laços de mútua confiança entre educador e educandos, contribuindo para relações mais amistosas de aprendizagens.
É bom lembrar que empatia é diferente de simpatia (impressão ou disposição favorável a alguém que se acabou de conhecer) e de antipatia (falta de afinidade ou incompatibilidade com uma pessoa), pois quando entramos no mundo da simpatia ou da antipatia, percorremos caminhos da passionalidade: estamos movidos pela paixão, e as coisas factíveis passam a não ser percebidas pelo avaliador.
Cuidados também deveremos ter com a apatia (indiferença, insensibilidade, falta de ânimo), que podem resultar em distanciamentos entre avaliadores e avaliados.
A comunicação no Feedback
Durante os comentários que o avaliador faz sobre o desempenho do avaliado, é necessário que seja comentado o essencial, deixando espaços para o educando repensar a própria prática. Comentários prolongados e prolixos, depois depois de alguns minutos, fazem as pessoas perderem o foco do que está ouvindo, e o feedback poderá não ser mais efetivo. O essencial é produzir uma comunicação clara, coesa e adequada para o momento. Junte a isto tudo uma forma respeitosa e acolhedora de falar, sem perder o compromisso com a verdade do que você como avaliador pôde observar.
Feedback e Competências
O feedback é para favorecer a melhoria das competências do trabalhador; então avaliamos o nível de desempenho de conhecimentos, habilidades e atitudes do educando, em relação às premissas estabelecidas na minuta do curso, o que for além disto estará fora dos propósitos do genuíno feedback.
Feedback do Educando
Em algumas situações de sala de aula, é usual os educandos fazerem feedbacks de si, pois tais comentários servem para os avaliadores observarem o nível de criticidade dos aprendizes. O problema é quando se solicita aos educandos que façam autoavaliação e não é explicado a eles alguns procedimentos básicos para se autoavaliar. Solicite que o educando faça comentários sobre as próprias percepções de aprendizagem da competência a ser desenvolvida e depois compare com os critérios de avaliação acordados.
Feedback e Subjetivismo
Há duas frases muito correntes nos meios empresarias sobre o feedback: "Feedback é um ato de amor" e “Feedback é uma doação”. Cuidado com frases que se repetem! Feedback é uma atividade de avaliação, que é utilizada no âmbito empresarial para promover a melhoria dos processos de trabalho e do desempenho das pessoas naquilo que elas realizam no cotidiano corporativo.
O feedback, como suporte para avaliação do trabalho, é uma forma de credenciamento para novas funções ou atribuições nas empresas. E isto traz em si a ideia de uma possível exclusão caso o trabalhador não alcance o nível esperado para o trabalho, o que pode significar um ato que resulte em dor para quem está sendo avaliado.
Vamos parafrasear as frases acima em uma ideia: "Feedback é um ato comprometido com a verdade"? Por mais que as intenções sejam de amor e de doação, atribuir juízos sobre o desempenho de outrem conduz a um relacionamento dialético, em que amor e dor se entrelaçam em movimentos confluentes e contraditórios. Ademais, o compromisso com a verdade já é um sinal de amor.
Trabalhar com feedback não é simples nem é fácil. Exige esforço, dedicação e aprendizagem, pois é uma prática que interfere na vida profissional do educando, e interferir na trajetória do outro exige responsabilidade e compromisso ético com o crescimento do outro.
Até a próxima!
No mundo corporativo é comum o uso da avaliação direta oral para proporcionar a melhoria de desempenho dos profissionais. É a atividade do feedback.
Feedback é um procedimento de atribuir juízo de valor no desempenho de uma pessoa, em um dado momento e lugar, comparando o desempenho esperado do avaliado, com um conjunto de critérios previamente acordado. Sendo o feedback uma atribuição de valor de desempenho de alguém, o avaliador tem a missão de descrever com mais precisão possível tal desempenho, fazendo interligações com os comportamentos esperados do educando para que este possa trabalhar de forma competente em novas situações profissionais.
Feedback e Emoções
No feedback o relacionamento entre avaliador e avaliado não é somente pela via cognitiva, pois existe um conjunto de manifestações emocionais, que irão conduzir, junto com o movimento racional, as interações entre quem educa e quem aprende.
Disto resulta um trabalho permanente do educador de buscar relacionamentos empáticos com as pessoas que estão sendo observadas. Relacionamento empático no sentido de compreender sentimentos, ideias e ações de outra pessoa; uma capacidade de interpretar comportamentos verbais e não verbais de comunicação de outra pessoa, com o intuito de promover aprendizagens diferenciadas para o trabalho.
Atitudes empáticas podem estabelecer laços de mútua confiança entre educador e educandos, contribuindo para relações mais amistosas de aprendizagens.
É bom lembrar que empatia é diferente de simpatia (impressão ou disposição favorável a alguém que se acabou de conhecer) e de antipatia (falta de afinidade ou incompatibilidade com uma pessoa), pois quando entramos no mundo da simpatia ou da antipatia, percorremos caminhos da passionalidade: estamos movidos pela paixão, e as coisas factíveis passam a não ser percebidas pelo avaliador.
Cuidados também deveremos ter com a apatia (indiferença, insensibilidade, falta de ânimo), que podem resultar em distanciamentos entre avaliadores e avaliados.
A comunicação no Feedback
Durante os comentários que o avaliador faz sobre o desempenho do avaliado, é necessário que seja comentado o essencial, deixando espaços para o educando repensar a própria prática. Comentários prolongados e prolixos, depois depois de alguns minutos, fazem as pessoas perderem o foco do que está ouvindo, e o feedback poderá não ser mais efetivo. O essencial é produzir uma comunicação clara, coesa e adequada para o momento. Junte a isto tudo uma forma respeitosa e acolhedora de falar, sem perder o compromisso com a verdade do que você como avaliador pôde observar.
Feedback e Competências
O feedback é para favorecer a melhoria das competências do trabalhador; então avaliamos o nível de desempenho de conhecimentos, habilidades e atitudes do educando, em relação às premissas estabelecidas na minuta do curso, o que for além disto estará fora dos propósitos do genuíno feedback.
Feedback do Educando
Em algumas situações de sala de aula, é usual os educandos fazerem feedbacks de si, pois tais comentários servem para os avaliadores observarem o nível de criticidade dos aprendizes. O problema é quando se solicita aos educandos que façam autoavaliação e não é explicado a eles alguns procedimentos básicos para se autoavaliar. Solicite que o educando faça comentários sobre as próprias percepções de aprendizagem da competência a ser desenvolvida e depois compare com os critérios de avaliação acordados.
Feedback e Subjetivismo
Há duas frases muito correntes nos meios empresarias sobre o feedback: "Feedback é um ato de amor" e “Feedback é uma doação”. Cuidado com frases que se repetem! Feedback é uma atividade de avaliação, que é utilizada no âmbito empresarial para promover a melhoria dos processos de trabalho e do desempenho das pessoas naquilo que elas realizam no cotidiano corporativo.
O feedback, como suporte para avaliação do trabalho, é uma forma de credenciamento para novas funções ou atribuições nas empresas. E isto traz em si a ideia de uma possível exclusão caso o trabalhador não alcance o nível esperado para o trabalho, o que pode significar um ato que resulte em dor para quem está sendo avaliado.
Vamos parafrasear as frases acima em uma ideia: "Feedback é um ato comprometido com a verdade"? Por mais que as intenções sejam de amor e de doação, atribuir juízos sobre o desempenho de outrem conduz a um relacionamento dialético, em que amor e dor se entrelaçam em movimentos confluentes e contraditórios. Ademais, o compromisso com a verdade já é um sinal de amor.
Trabalhar com feedback não é simples nem é fácil. Exige esforço, dedicação e aprendizagem, pois é uma prática que interfere na vida profissional do educando, e interferir na trajetória do outro exige responsabilidade e compromisso ético com o crescimento do outro.
Até a próxima!
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